A osseointegração de implantes de titânio ao osso alveolar é uma técnica desenvolvida e aprimorada nos últimos 50 anos. Devido ao elevado grau de aceitação na comunidade científica e aos altos índices de sucesso, tornou-se o procedimento de escolha para a reposição dos dentes perdidos, permitindo o restabelecimento da função mastigatória e estética.
Esse tipo de procedimento gerou inclusive uma mudança de paradigma na odontologia, evitando-se os frequentes desgastes de dentes íntegros para se tornarem sustentação de próteses fixas, e também se tornando uma alternativa mais satisfatória à permanência de dentes em condições precárias, com destruições muito extensas, endodontias mal conduzidas, infecções crônicas, e etc.
O que são os Implantes Osseointegrados?
São cilindros ou parafusos de titânio que inserimos no osso alveolar onde foi perdido um dente, através de uma cirurgia simples. Após a cicatrização, ou integração do osso, servem de suporte das próteses, normalmente em porcelana, que cimentamos ou aparafusamos sobre esses implantes.
O que existe de mágico no titânio?
Nada. É um material usado em Ortopedia há muitas décadas. Simplesmente o titânio não sofre corrosão quando inserido no corpo humano e não apresenta fenômenos de rejeição imunológica.
Em quais situações não deve ser colocado?
Basicamente em pacientes com determinados problemas de saúde de ordem geral e quando não houver espessura e altura óssea suficientes para acomodar os implantes. Em pacientes fumantes ou que já apresentaram doença periodontal, os índices de sucesso são reduzidos e, portanto esses casos devem ser avaliados com muito cuidado.
Se não tiver osso suficiente, existem maneiras de aumentar a quantidade de osso disponível?
Sim, existem os enxertos ósseos. Podem ser feitos com Biomateriais em casos de defeitos menores, ou com osso autógeno, que é removido de outras regiões do próprio paciente para reconstruções maiores.
O que preciso saber antes de fazer um implante dentário?
O mais importante é procurar um profissional, ou equipe, que tenham experiência para realizar um planejamento adequado para o caso. O planejamento é a etapa mais importante para o sucesso dos implantes, pois é nessa fase que o profissional irá avaliar as condições clínicas do paciente, expectativas, bem como exames de laboratório e de imagens. Hoje em dia não se dispensam as tomografias em nenhum caso de implante. Esse exame permite a avaliação tridimensional da área onde serão instalados os implantes, dimensões e qualidade do osso disponível, necessidade ou não de enxerto.
Quais os riscos cirúrgicos?
Mínimos. A cirurgia é feita normalmente com anestesia local e é normalmente mais simples que outros procedimentos cirúrgicos odontológicos, como a extração de um dente incluso, por exemplo. O pós-operatório é muito bom e a maioria dos pacientes não relata qualquer incômodo maior.
A Prótese é colocada no mesmo dia da cirurgia?
Em casos favoráveis e principalmente quando a estética é envolvida, pode-se fazer uma prótese provisória imediata. Na maioria dos casos se aguarda de 45 dias a 3 meses para a colocação da coroa sobre o implante. Nos casos de próteses totais e em condições favoráveis pode-se confeccionar uma provisória fixa e instalar de 3 a 4 dias após a cirurgia.
Quanto tempo dura um implante? Qual a chance de dar certo?
Pode-se afirmar que em 95% dos casos, se os implantes não forem perdidos nos dois primeiros anos de uso, durarão toda a vida. Estudos demonstram que os casos bem conduzidos apresentam taxas de sucesso muito boas, em torno de 90%.
Do que depende o sucesso do implante?
De vários fatores, mas o principal é a observância do protocolo (receita completa de como e quando se faz o implante). A correta indicação e planejamento adequado, associado ao cuidado do paciente e revisões periódicas no cirurgião-dentista irão determinar o seu sucesso.